Se a Honda é, de muito longe, a maior fabricante de motos do Brasil significa que ‘basta ser Honda que vende’? Nem sempre! Confira 4 motos Honda que tiveram participações discretas em nosso mercado. Algumas chegaram, ficaram nas lojas, saíram de linha e você nem percebeu.
1. Honda Super Hawk 1000 (Firestorm) – 1997/1998
Conhecida em outros mercados como Firestorm, nos Estados Unidos essa esportiva recebeu o nome de Super Hawk e acabou sendo chamada assim também por aqui. A VTR 1000F era uma moto audaciosa e importada, mas que trouxe uma série de inovações às ruas.
A máquina utilizava garfo e amortecedor HMAS (Honda Multi-Action System) e até deu início a novos conceitos de design da Honda, incluindo o quadro semipivotless, onde o motor era parte do braço oscilante parafusado diretamente a ele. Contudo, não teve sucesso e saiu de linha rapidamente.
2. Spacy 125 – 1993/1996
A CH 125-R Spacy foi a primeira scooter Honda à venda no Brasil. Uma novidade à frente de seu tempo, que apostava na praticidade, câmbio automático e visual futurista numa época em que o brasileiro ainda não tinha despertado para as scooters. Porém, custava praticamente o dobro de uma CG 125.
Somado a esse fato, a Spacy também enfrentava a poderosa pequena da Yamaha movida a dois tempos, a Jog 50. Há quem diga que foi essa concorrência que colocou o fim de linha para a moto da Honda. Fato é que a Jog durou bem mais no mercado, até 1999, e teve até novas versões. Já a Spacy emplacou apenas 2.200 unidades.
4. CTX 700 – 2014
A Honda CTX 700N chegou prometendo mudar os conceitos das típicas custom, deixando de lado o conjunto pesado, o excesso de cromados e os motores beberrões. Aliás, a sigla CTX vem do slogan “comfort, technology and experience”. Mas ela não teve muito tempo para mostrar seu ‘conforto, tecnologia e experiência’ por aqui.
Essa nova tendência começou com a NC 700X, da qual a CTX foi derivada e pegava emprestado o motor de dois cilindros paralelos e 669,6 cm³, 47,6 cv. Entretanto, essa custom peculiar vinha importada do Japão e custava o mesmo preço da Shadow 750, bem mais amigável aos tradicionais consumidores de motos custom. Resultado: durou apenas um ano no mercado.
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5. Dominator 650 – 1992/1994
A Dominator 650 chegou em uma daquelas épocas conturbadas da história do Brasil. O modelo se beneficiou da abertura das importações por Fernando Collor. Contudo, foi ironicamente lançada no mesmo ano do impeachment do ex-presidente.
A Dominator era mais uma descendente da família NX, até tinha itens em comum com a antiga Sahara. Era uma trail raiz monocilíndrica com de 644 cm³ carburada, com 46 cavalos e torque de 5,8 kgf.m. Ou seja, mesmo motor e base da XL 600 que até hoje está à venda no exterior. Entretanto, não deslanchou no mercado, poucas pessoas se lembram que ela já rodou por aqui.