A Triumph lança a linha Aragon da família Tiger 900 em homenagem a vitória do piloto da casa Ivan Cervantes, que faturou o famoso Rally Baja Aragon e atua como embaixador da marca para a nova linha de motocicletas off-road que está sendo desenvolvida pela Casa de Hinckley.  A família Triumph Tiger 900 são novas máquinas revolucionárias quando comparadas com a Tiger 800 anterior, que diga-se de passagem, são máquinas de perfil aventureiro, mas muito mais focadas no ambiente estradeiro para encarar longas jornadas com a máxima performance e conforto. A Triumph está posicionando as novas Tiger 900, modelos GT para uso principalmente em rodovias de bom asfalto e modelos Rally para uso off-road, substituindo a nomenclatura XR/XC, entregando uma Tiger melhor em todos os sentidos. Imagens: Gustavo Epifânio Eu estava bastante curioso para saber mais sobre o que havia mudado e para comprovar como essas mudanças se traduzem para a estrada e, principalmente, no off-road. Esta versão Tiger 900 Rally Aragon é uma edição especial e comemorativa pela vitória de Ivan Cervantes no Rally Baja Aragon e, basicamente, trata-se de uma Rally Pro com cores e grafismos exclusivos, além do protetor de carenagens, porém, não conta com o aquecimento dos assentos. LEIA MAIS: Triumph Daytona 660: eis a nova esportiva tricilíndrica inglesaSuzuki e Haojue registram alta nos emplacamentos em 2023Confira 24 motos que podem surgir no Brasil em 2024 Motor Tiger 900  A Triumph Tiger 900 é uma nova máquina, mas a mudança mais aparente é o novo motor de 888 cm³, que tem um caráter completamente diferente graças ao novo virabrequim “T-plane”, que utiliza uma ordem de ignição 1-3-2, com os cilindros um e três explodindo mais próximos e o cilindro dois explodindo após uma pausa. Isso dá ao motor uma sensação completamente diferente, com mais força logo de cara. Ele gira forte e bem uniforme, com um ótimo aproveitamento do torque sempre de prontidão entre 2.500 rpm e 7.000 rpm. Enquanto o torque aumentou para 8,87 kgfm a 7.250 rpm, a potência máxima permanece a mesma com 95 cavalos a 8.750 rpm., ou seja, em vez de apenas aumentar a cilindrada e adicionar alguns cavalos extras, o novo motor oferece uma melhor experiência geral, melhorando o desempenho na faixa de rotações mais usada. A Triumph ouviu os proprietários da Tiger 800 que reclamavam do difícil acesso da caixa do filtro de ar, que implica em desmontar as coberturas do radiador e do tanque, bem como o próprio tanque, mas agora o novo filtro de ar está localizado embaixo do assento. Você tem apenas que remover quatro parafusos que prendem nas coberturas inferiores do tanque e seis parafusos para liberar o filtro de ar da caixa, um processo que leva 10 minutos. Para quem utiliza a motocicleta em condições extremamente empoeiradas no ambiente off-road, este é um avanço muito importante porque você precisa verificar seu filtro de ar muito mais regularmente.  Chassi Tiger 900  Uma das maiores reclamações sobre a Tiger 800 é que o sub-chassi e as pedaleiras da garupa são soldadas, e por isso não é possível remover as pedaleiras para rodar no ambiente off-road, e em caso de acidente é muito fácil danificar o chassi da moto. A nova Tiger 900 tem o sub-chassi traseiro removível, com quatro pontos de ancoragem da nova estrutura de treliça de aço e os suportes das pedaleiras da garupa também são removíveis, permitindo uma melhor amplitude de movimento para o piloto no ambiente off-road. Freios e rodas Tiger 900  O sistema de freios da nova Tiger 900 utiliza pinças de quatro pistões Brembo Stylema na dianteira, que substituem as antigas Nissin. Os discos passam de 305 mm para 320 mm e agora há um cilindro mestre radial. No freio traseiro há uma pinça Brembo de pistão único em parceria com um disco de 255 mm. A frenagem melhorou drasticamente em relação à configuração anterior da Nissin, com uma mordida inicial forte e confortavelmente progressiva. O grande benefício para os pilotos off-road é que o pedal do freio traseiro das versões Rally possuem duas posições diferentes, então quando você está andando em pé nas pedaleiras você tem um alcance muito mais fácil para o pedal traseiro, e com uma sensação de frenagem aprimorada. As versões Rally agora vem equipadas com aros de raios cruzados para uso de pneus sem câmara de ar, um recurso não disponível nas Tiger 800 XC. Fiquei desapontado com os pneus Bridgestone Battlax Adventure A41 que equipam a Tiger 900, pois eles são totalmente voltados para o asfalto. Já tive a oportunidade de testar uma Tiger 900 Rally equipada com pneus Michelin Anakee Wild num dia totalmente off-road, e eles ofereciam muito desempenho nas estradas, mas sua aderência off-road era muito superior em relação aos Bridgestone originais da moto.  Suspensão Tiger 900  As novas Tiger 900 Rally e Rally Pro vem agora equipadas com uma suspensão Showa totalmente ajustável, em vez da suspensão WP encontrada nas variantes XC da Tiger 800. O garfo dianteiro agora tem 45 mm de diâmetro e conta com ajuste de pré-carga da mola, velocidade de compressão e de retorno. O amortecedor traseiro é ajustável na pré-carga da mola através de um registro manual e também na velocidade do retorno por um parafuso. O curso da suspensão para as versões Rally aumentou para 240 mm no garfo e 230 mm no amortecedor traseiro. Tiger 900 e sua eletrônica  No topo de linha Tiger, a Rally Pro vem equipada com uma tela TFT de sete polegadas com todas as opções eletrônicas disponíveis para esses modelos. O GT Pro recebe cinco modos de pilotagem, Road, Sport, Rain, Off-Road, Off-Road Pro e Rider. O modo Rider permite que você configure a moto de modo personalizado e salve suas opções preferidas. É importante observar que o ABS e o controle de tração só podem ser desligados no modo Off-Road Pro, que só está disponível na Rally Pro.  Cada um dos modos de condução ajusta a resposta e intervenção do acelerador a partir do ABS, controle de tração, ABS em curva e controle de tração em curva, sendo os dois últimos fornecidos por meio de uma nova Unidade de Medição Inercial Continental